domingo, 28 de junho de 2009

Arte Indígena












A arte é inerente ao índio.
Em tudo o que faz, ela sempre se manifesta - seja um simples arco, um requintado Kanitar de penas ou uma cerâmica zoomorfa caprichosamente pintada.
Orlando Villas Bôas



"Existem hoje no Brasil cerca de 200 sociedades indígenas, falando cerca de 170 línguas e dialetos conhecidos, com uma população estimada em 250.000 indivíduos, distribuídos em centenas de aldeias em todo o território nacional. São remanescentes de um grande contingente populacional que deveria oscilar em torno de 6 milhões de pessoas na época da chegada dos primeiros europeus no século XVI."
... " Muito difundidas, algumas idéias são equivocadas a respeito dos índios do Brasil: a ilusão de que só existem índios na Amazônia; o sentimento de que, com o tempo, suas culturas tendem ao empobrecimento e à uniformização; e a convicção de que os índios estão diminuindo e desaparecerão inevitavelmente.
É verdade que quanto mais perto da costa ou do sul do país, mais tempo de contato os índios têm, e menores são suas reservas. Mas a população cresce em ritmo acelerado. Os Guarani, mesmo com 500 anos de contato, somam hoje mais de 40.000 e são um exemplo de resistência cultural. Outros como os Yanomami, sofrem uma depopulação, sensíveis ao contágio por epidemias. A luta para manter o espaço vital de sobrevivência é tanto árdua para os Yanomami como para os Guarani.
A maioria dos povos indígenas ocupam, no entanto, a região mais interior do país, os cerrados e chapadas do Brasil Central, do Mato Grosso a pré Amazônia maranhense, e as floresta tropicais do Amazônia. Estabeleceram seus primeiros contatos nos últimos 50 anos e ainda vivem padrões culturais muito tradicionais.
A valorização dada hoje às questões ambientais, ao conhecimento dos povos que sempre souberam viver em harmonia com o seu meio e a valorização da diversidade cultural é percebida pelos índios que esperam poder contar com aliados cada vez mais efetivos entre nós."



Container Loja



Containers reciclados tem sido instrumento para vários projetos de residências econômicas e com baixo impacto no ambiente. O conceito é simples, criar espaços flexíveis e eco-compatíveis reciclando um material descartado que pode ser usado e transportado facilmente. Usando o mesmo conceito a Puma criou uma loja com 1000m2 compondo 24 containers reciclados que pode ser totalmente desmontada, "empacotada" e transportada para qualquer lugar. A Puma City, como é chamada, foi desenhada pelo estúdio LOT-EK. Via Inhabitat.


ItsGreenDesign

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Sementes Germinadas


Tenho ouvido falar no alto poder das sementes germinadas na nossa alimentação, através de um apanhado de explicações vou colocar aqui o mais exclarecedor possível.



Alimentação viva

Ela é mais saudável, natural e, melhor, não prejudica o meio ambiente


Por Enquanto a vida se torna cada vez mais prática e os alimentos industrializados e semi-prontos se apresentam mais atrativos em meio a correria do dia-a-dia, nadando contra a corrente, surge uma alimentação natural baseada em sementes germinadas, algas, frutas e verduras frescas e orgânicas. Trata-se do crudivorismo. Um hábito que promete vida mais longa e saudável. Mas você sabe o que isso significa?Os crudivoristas são os indivíduos que consomem os alimentos em seu estado natural, isto é, crus, ou no máximo, desidratados. Ao contrário das comidas cozidas e industrializadas que perderam muitos de seus nutrientes no processo de preparo, essas iguarias, conhecidas como alimentos vivos, preservam suas estruturas moleculares intactas e são ricas em vitaminas, sais minerais, enzimas e outras substâncias benéficas ao organismo. "Dependendo do calor progressivo que o alimento sofre, há uma destruição das enzimas e perda das vitaminas e sais minerais. As gorduras cis se transformam em trans, as proteínas são coaguladas e os açúcares podem ficar invertidos. Dependendo dos processos utilizados na industrialização, os alimentos podem agregar substâncias tóxicas nocivas ao organismo", revela a nutricionista e educadora ambiental Ros'Ellis Moraes.“Os alimentos vivos não consomem quase nenhuma energia de nossos processos digestivos e criam pouquíssimas toxinas ou reações entre si. Eles fermentam muito pouco e são absorvidos com facilidade”Segundo o professor húngaro Edmond Bordeaux Szekely (1900-1979), que estudou e experimentou os alimentos vivos na cura de várias doenças, os alimentos disponíveis no meio ambiente podem ser divididos em:- Biogênicos (geradores de vida), que incluem os alimentos vivos: grãos, sementes, leguminosas, cereais e hortaliças;- Bioativos (mantenedores de vida), do qual fazem parte as ervas medicinais, nozes, frutas cruas e frescas;- Bioestáticos (diminuidores de vida), que engloba os alimentos cozidos, refrigerados e congelados;- Biocídicos (destruidores de vida), que são representados pelos alimentos produzidos com a utilização de hormônios, inseticidas, agrotóxicos, corantes, acidulantes e conservantes que retiram por completo os nutrientes dos alimentos.Para os crudivoristas, os alimentos industrializados (biocídicos) são justamente a causa do envelhecimento celular e de muitas doenças. "A carne vermelha, os laticínios, o açúcar refinado, as gorduras oxidadas e o sal refinado, além de possuírem uma estrutura molecular incompatível com o organismo humano, podem contribuir para o aparecimento de muitas doenças degenerativas.

A forma de produção destes alimentos, com agrotóxicos, conservantes e aditivos libera resíduos tóxicos que se acumulam no corpo", esclarece Ros'Ellis.

Os benefíciosA alimentação viva traz muitos benefícios, tanto do ponto de vista nutricional, como do metabolismo humano. As sementes são os alimentos com a maior concentração de nutrientes que a natureza oferece. Quando hidratadas e germinadas (nome dado à fase inicial de crescimento de uma planta), as sementes multiplicam suas vitaminas, sais minerais e enzimas e favorecem o surgimento de muitas outras substâncias, como antioxidantes e hormônios naturais. "Certas sementes chegam a aumentar alguns de seus nutrientes em até vinte mil vezes depois de germinadas", revela o idealizador do Projeto Alquimia Viva e consultor de Alimentação Viva, Bruno Fernandes.Os frutos oleaginosos hidratados, por sua vez, são ricas fontes de proteínas e ácidos graxos essenciais, superando os alimentos de origem animal. São também uma boa fonte de cálcio. Já as verduras e frutas frescas e orgânicas, além de contribuírem com as vitaminas e sais minerais, complementam a dieta com proteínas, gorduras e carboidratos.E os ganhos no sistema digestório são imensos. Enquanto os alimentos cozidos e industrializados exigem uma quantidade enorme de enzimas do organismo para sua digestão - já que eles perderam as suas durante o processo de cozimento - os alimentos vivos fornecem os nutrientes em sua forma bioativa, isto é, eles já vêm com enzimas, não sendo necessário que o organismo gaste as suas. "Os alimentos vivos não consomem quase nenhuma energia de nossos processos digestivos e criam pouquíssimas toxinas ou reações entre si. Eles fermentam muito pouco e são absorvidos com facilidade", afirma o professor e economista Mário Sanchez. Os alimentos vivos ajudam, ainda, na reconstituição da flora intestinal, criando um ambiente favorável para o surgimento de bactérias essenciais ao organismo e na desintoxicação do corpo. Segundo Ros'Ellis, este tipo de alimentação, através de seus nutrientes ativos, fortalece a energia dos rins, aumentando a diurese que elimina as toxinas e limpa o sangue. Ela evita também a prisão de ventre e tem o poder de neutralizar os radicais livres.

A germinação é a fase mais nutritiva da semente. Nela, o valor nutricional dos grãos assemelha-se ao de frutas e verduras e os teores de proteínas, vitaminas e minerais estão elevados. Os brotos disponibilizam ainda uma série de minerais, enzimas, fito-hormônios e antibióticos naturais e funcionam como substâncias alcalinizadoras do organismo. O processo de germinação corresponde a uma espécie de pré-digestão, em que as proteínas são decompostas em aminoácidos, os carboidratos em açúcares e as gorduras em ácidos graxos. Assim, as sementes germinadas são de mais fácil absorção pelo organismo.

Existem relatos de que a germinação de sementes para a alimentação humana já era usada pelos chineses três séculos antes de Cristo, como meio de preservar a saúde. Trigo, centeio, aveia e cevada; leguminosas, como soja, lentilha, grão de bico, feijão e ervilha, além de agrião, rabanete, soja, centeio, abóbora, linhaça, girassol e gergelim podem ser germinados e consumidos em saladas, com frutas, mel, leite, grelhados e em diversos pratos. Sua preparação é simples e requer apenas água, oxigênio e calor."Sou adepto 100% do alimento vivo, o que mudou e ampliou por completo a minha forma de enxergar o mundo e a vida. Devemos ampliar o nosso conceito de alimentação.

Ir à praia, caminhar, respirar ar puro, ter pensamentos positivos, relações saudáveis e afetivas, estar sempre em contato com ambientes naturais é fundamental ."Para garantir brotos fresquinhos e saudáveis em sua casa, não é preciso muita técnica. Nada de fertilizantes e inseticidas, apenas paciência e dedicação. Primeiramente, escolha algumas sementes. Lave-as e coloque-as em um vidro. Elas devem ocupar apenas 1/8 do recipiente. Cubra com água até a boca. No dia seguinte, escorra a água e lave bem as sementes, colocando-as de volta no vidro sem água. Agora, o recipiente deve ficar inclinado em 45°, com uma tela de filó presa por elástico na boca do vidro para que o ar entre. Deixe o vidro repousando em um local sombreado e fresco. Três vezes por dia, lave as sementes com bastante água potável, até que elas cheguem à fase de broto. Dependendo da semente, a germinação pode variar de quatro a sete dias. Lave e escorra os brotos quando estiverem prontos para o consumo. Para armazená-los, guarde-os no refrigerador em um recipiente forrado com papel toalha para mantê-lo secos e evitar a proliferação de fungos. Você ainda pode fazer farinha com seus grãos germinados. Basta secá-los ao sol, moê-los e coá-los em seguida com auxílio de uma peneira.Os crudivoristas acreditam que os utensílios usados durante o preparo do alimento influem em sua energia. Portanto, é aconselhável que se dê preferência aos seguintes materiais: vidro, madeira e barro. Mário Sanchez acrescenta a importância de preparar os alimentos na hora do consumo para evitar que a oxidação retire nutrientes dos alimentos.

Mudando os hábitos Depois de tantos benefícios, talvez você tenha se interessado por esse novo estilo de alimentação. No entanto, mudar de hábitos pode não se um processo tão simples. "Sair da rotina é difícil porque temos o costume arraigado na mente e no convívio com os outros que também o usam. É vício mesmo!", diz Mário Sanchez. O chefe de cozinha, Bruno Fernandes, adepto da alimentação viva há um ano e meio dá a dica: "Se informe, leia, procure conhecer pessoas que já são adeptas. Comece se observando, vendo como seu organismo reage a determinados alimentos. Faça algumas refeições vivas e veja como se sente. Quando você menos perceber já vai estar só no alimento vivo", aconselha.O tempo de transição varia de acordo com cada organismo. Pode durar semanas, meses ou anos. Ros'Ellis recomenda, então, que o aspirante à alimentação viva observe as necessidades de seu corpo e, aos poucos, inclua alimentos biogênicos em sua dieta até que eles correspondam a 80% do regime. Ela ressalta a importância de se retirar os alimentos como carne vermelha, bebida alcoólica, alimentos refinados e industrializados, refrigerantes e gorduras hidrogenadas e no lugar, incluir alimentos crus, como frutas, verduras e brotos. "Substitua o leite pelo iogurte natural, o açúcar refinado por mascavo; os cereais refinados por grãos integrais. E inclua ainda sucos de verduras e sementes germinadas", acrescenta a nutricionista.

Bruno Fernandes ressalta ainda a importância da combinação dos alimentos. "Eu sigo uma pequena combinação de alimentos que o meu organismo se adapta melhor. Não misturo alimentos doces (frutas) com alimentos salgados e nem frutas doces com cítricas. Já sementes germinadas podem ser consumidas tanto em pratos doces como salgados", conta. E ele garante que os resultados são surpreendentes. "Sou adepto 100% do alimento vivo, o que mudou e ampliou por completo a minha forma de enxergar o mundo e a vida. Devemos ampliar o nosso conceito de alimentação. Ir à praia, caminhar, respirar ar puro, ter pensamentos positivos, relações saudáveis e afetivas, estar sempre em contato com ambientes naturais é fundamental, pois também nos alimentamos desses ambientes. Com a alimentação viva entrei em contato com a natureza e hoje me sinto muito mais bem disposto e tenho hábitos de vida muito mais saudáveis", finaliza.



Cito algumas sementes amigas:

Linhaça;
Abóbora;
Gergelim e Girassol, são ricas em fibras.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Washington Novaes


Washington Luís Rodrigues Novaes (Vargem Grande do Sul, 3 de junho de 1934) é um jornalista brasileiro que trata com especial destaque os temas de meio ambiente e culturas indígenas. Atualmente, é colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Popular, bem como consultor de jornalismo da TV Cultura. Um de seus trabalhos mais recentes foi a realização da série de documentários "Xingu - A Terra Ameaçada".




Livros publicados


"Xingu, uma flecha no coração", Editora Brasiliense (1985)
"A quem pertence a informação”, Editora Vozes (1997, 3ª edição)
“Xingu”, Edição Olivetti (1985)
“A Terra pede água”, Edição Sematec (1992)
“A Década do Impasse”, Editora Estação Liberdade (2002)
Com outros autores
“Irã, a força de um povo e sua religião”, Editora Expressão e Cultura (1979)
“TV ao Vivo”, Editora Brasiliense (1988)
Hélio Pellegrino – A-Deus” , Editora Vozes (1989)
“Informação e Poder”, Editora Record (1994)
“Índios no Brasil”, Ministério da Educação e do Desporto (1994)
“Meio Ambiente no Século XXI”, Editora Sextante (2003)
“Brasil em Questão – a Universidade e a Eleição Presidencial”, Editora UNB (2003)
“Saúde nos Grandes Aglomerados Urbanos – Uma Visão Integrada”, Organização Pan-Americana de Saúde e Organização Mundial de Saúde (2003)



Cooperativa de pequenos produtores produz biocombustível


Casas com jardim, canteiros floridos e muito verde. Chegamos à colônia Witmarsun em palmeira, região metropolitana de Curitiba no Paraná.É uma cooperativa formada por descendentes de alemães que chegaram aqui nos anos 50. Seguidores da religião evangélica Menonita, a comunidade é muito ligada à terra.

Entrevista com Gernold Schartner- engenheiro agrônomo da cooperativa:"São agricultores historicamente. São ligados, às familias, ao cultivo da terra e aqui nesta região do paraná se especializaram na produção de leite, milho e soja." Grandes silos para armazenar milho e soja no verão.E no inverno: forrageiras, trigo e canola.No pasto ovelhas e gado leiteiro. Tem ainda produção de queijos finos. A cooperativa é um modelo em diversificar alternativas. Agora se mostra preocupada com o meio ambiente e " dá partida" rumo ao combustível renovável.A camionete usada pelo agrônomo da cooperativa faz uma média de nove quilômetros e meio com um litro de combustível. Mas qual é a novidade dessa história é que o combustível é óleo vegetal e nesse caso óleo de soja puro sem nenhuma mistura. Ela já rodou mais de seis mil quilômetros sem ter que parar em nenhuma oficina para fazer manutenção. A principal adaptação feita no motor foi a instalação dessa resistência para aquecer o óleo.Mais quente, o óleo fica mais flüido e passa melhor pelo bico injetor, explica Gernold, que faz um teste drive para a equipe do Repórter Eco.

O pastor Werner Fuchs, coordenador do projeto de mini usinas comunitárias de óleo vegetal, conta que a semente da idéia foi a situação do pequeno agricultor.Entrevista com Pastor Werner Fuchs-coodenador do projeto de mini usinas."Existe o problema da sobrevivência do agricultor, que muitas vezes tem que vender a terra ,porque não tem mais o sustento suficiente para a sua área. nós vimos que esse é um problema de entender alternativas que de fato existem"Época de soja, é este o grão que abastece a linha de produção da mini usina. Agregando valor, a soja segue seu caminho pela mini usina, o óleo extraido a frio passa pelo primeiro filtro, e está pronto para ir para a cozinha.É só com a segunda filtragem neste outro equipamento que o óleo de soja pode ir para o tanque de combustível. Um processo que não deixa resíduos.



segunda-feira, 8 de junho de 2009

Ecotorres – Cooperativa de Consumidores de Produtos Ecológicos de TORRES/RS


Estimulada pelas tendências mundiais de consumo de produtos ecológicos e pelas conseqüências nefastas do uso de produtos químicos nos alimentos, algumas lideranças locais e militantes ambientalistas urbanos, iniciaram a articulação de uma Cooperativa de Consumidores de Produtos Ecológicos em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul. Ao contrário do que aconteceu no município vizinho de Três Cachoeiras, onde diversas alternativas de comercialização de alimentos ecológicos foram tentadas antes do êxito da Coopet, Torres já contou com a referência geograficamente próxima. Assim, professores e professoras, ambientalistas e outras pessoas envolvidas buscaram o apoio do Centro Ecológico e da pioneira COOPET.A ECOTORRES foi fundada em 17 de NOVEMBRO de 1999 e tem hoje 85 sócios. Conta com um Conselho Administrativo, composto por 6 membros e Conselho fiscal, com 3 membros titulares e 3 suplentes.

Os dois conselhos são renovados a cada 2 anos.Comercializa mais de 100 produtos diferentes, oriundos de grupos e associações de agricultores ecologistas do estado do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, bem como de outras regiões do país.Inaugurada em 2000, a loja já ocupou três diferentes pontos, mas sempre no centro da cidade. Desde dezembro de 2006, a EcoTorres está na Casa da Economia Solidária, viabilizada através do projeto Agricultura Ecológica e Soberania Alimentar, patrocinado pela Petrobras.

O objetivo desta casa é dar visibilidade aos empreendimentos de economia solidária do do litoral norte do RS e Sul de SC, assim como de outras associações e grupos de outras regiões.A Casa da Economia Solidária está situada em uma das principais avenidas da cidade, junto a bancos, lojas e comércio em geral. As prateleiras e a distribuição dos móveis na loja da EcoTorres resulta de um projeto da arquiteta Roberta Arend. Pela primeira vez a loja tem uma vitrine, que é renovada pelo menos a cada duas semanas. Tudo isso tem trazido novos clientes para a EcoTorres.

Instituto Akatu pelo Consumo Consciente


Vídeo do site do Instituto Akatu:" Você sabia que um terço de tudo o que você compra vai direto para o lixo? Se você gasta 100 reais numa compra, tá jogando fora 30 reais. Não é só o seu bolso que sofre não. Isso também faz aumentar a produção do lixo. No fim das contas, quem paga o pato é a sociedade. Você já tinha parado para pensar nisso?"Está no site do Instituto Akatu pelo consumo consciente, no www.akatu.org.br, a campanha que visa evitar o desperdício de alimentos.Helio Mattar/diretor presidente do Instituto Akatu - "P: Qual é o fato central da campanha? R:É que daquilo que as pessoas compram e levam para dentro de casa entre 20 e 40% vai pro lixo.


No Brasil, hoje, 60% do lixo urbano são alimentos. Quando eu falo em alimentos são cascas, talos, são sementes, são sobras de alimentos que na verdade tem poder nutritivo, portanto são alimentos. Com base nisso nós adotamos esse número intermediário: um terço de tudo o que você compra vai para o lixo".O Sesi, Serviço Social da Indústria, conhece bem essa história. Há dez anos mantém o Programa Alimente-se Bem, que tem tudo a ver com o objetivo da campanha do Akatu.Thais Salata/ Nutricionista :" É o aproveitamento integral dos alimentos. A gente ensina a usar a casca, a folha, o talo, tudo o que é possível do alimento a gente utiliza porque as pessoas não sabem como utilizar. P:Por que? R:Porque a gente encontra os nutrientes não só na polpa e na casca, nas partes não convencionais também". As aulas são gratuitas, ministradas por nutricionistas. O Programa tem livro de Receitas e promoveu um estudo para comprovar cientificamente o valor nutricional das partes não convencionais dos alimentos. Você sabe quantas toneladas de alimentos nós desperdiçamos no Brasil por ano? São 26 milhões. Isso de acordo com a FAO, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação.


Segundo o IBGE, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística isso seria suficiente para alimentar metade dos brasileiros que vivem em situação de insegurança alimentar, que são 72 milhões.A campanha do Akatu é interativa. Nós fizemos as contas. Quem gasta 350 reais por mês com alimentos desperdiça mais de 116 reais por mês ou 14 mil reais ao longo de dez anos. A divulgação envolve também tv, rádio e jornais e dura todo o primeiro semestre de 2009. O Instituto quer estimular os consumidores a criarem grupos de discussão nas comunidades para que se chegue a novas soluções de combate ao desperdício. Por enquanto, anote as sugestões:" Planeje suas compras. Antes de ir ao mercado, faça o cardápio da semana. Compre só o necessário. Compre menos e com mais frequência. Assim você consome alimentos mais frescos e desperdiça menos comida que estraga".

Sites:Instituto Akatu pelo Consumo Conscientewww.akatu.org.brSesi-SP Programa Alimente-se Bem:www.sesisp.org.br